Qual é Um Dos Principais Objetivos Da Administração Compartilhada
A administração compartilhada, também conhecida como gestão participativa ou cogestão, representa uma abordagem administrativa que se distingue pela descentralização do poder decisório e pela inclusão de múltiplos atores no processo de gestão. Em um contexto acadêmico, a administração compartilhada é relevante por desafiar os modelos hierárquicos tradicionais e propor uma estrutura organizacional mais democrática e adaptável. Sua importância reside na promoção de um ambiente de trabalho mais engajado, inovador e responsivo às necessidades de todos os stakeholders. Este artigo visa explorar, de forma analítica, um dos principais objetivos da administração compartilhada, seus fundamentos teóricos, aplicações práticas e implicações mais amplas.
Objetivos organizacionais: o que são, importância e exemplos
Fortalecimento do Engajamento e da Motivação dos Colaboradores
Um dos principais objetivos da administração compartilhada é o fortalecimento do engajamento e da motivação dos colaboradores. Ao permitir que os funcionários participem ativamente das decisões que afetam seu trabalho e o futuro da organização, a administração compartilhada promove um senso de pertencimento e responsabilidade. Essa participação aumenta a satisfação no trabalho, reduz a rotatividade e estimula a inovação, pois os colaboradores se sentem mais valorizados e incentivados a contribuir com suas ideias e experiências. Teóricos como Elton Mayo, com seus estudos sobre as relações humanas no trabalho, já apontavam para a importância do reconhecimento e da participação dos trabalhadores para o aumento da produtividade e da satisfação.
Aumento da Eficiência e da Qualidade das Decisões
A administração compartilhada contribui para o aumento da eficiência e da qualidade das decisões. Ao envolver diferentes perspectivas e conhecimentos no processo decisório, a organização consegue analisar os problemas de forma mais abrangente e identificar soluções mais eficazes. A diversidade de opiniões e experiências evita o pensamento de grupo e promove um debate mais rico e construtivo. Além disso, a participação dos colaboradores na tomada de decisões facilita a implementação das mesmas, pois eles se sentem mais comprometidos com os resultados e estão mais dispostos a colaborar para o sucesso da organização.
Promoção da Transparência e da Confiança
Outro objetivo central da administração compartilhada é a promoção da transparência e da confiança dentro da organização. Ao compartilhar informações e abrir o processo decisório para a participação dos colaboradores, a administração cria um ambiente de maior transparência e responsabilidade. Essa transparência fortalece a confiança entre os gestores e os colaboradores, o que, por sua vez, melhora a comunicação, a colaboração e o desempenho geral da organização. A confiança é um elemento fundamental para o sucesso de qualquer organização, pois ela permite que os colaboradores se sintam seguros para expressar suas opiniões, assumir riscos e trabalhar em equipe.
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Desenvolvimento de Lideranças Compartilhadas e Capacitação Contínua
A administração compartilhada visa desenvolver lideranças compartilhadas e promover a capacitação contínua dos colaboradores. Ao descentralizar o poder e incentivar a participação de todos, a administração compartilhada cria oportunidades para que os colaboradores desenvolvam suas habilidades de liderança e assumam responsabilidades maiores. A organização investe na capacitação contínua dos colaboradores, oferecendo treinamento e desenvolvimento para que eles possam participar ativamente do processo decisório e contribuir para o sucesso da organização. Esse desenvolvimento de lideranças compartilhadas fortalece a organização, tornando-a mais resiliente e adaptável às mudanças do ambiente.
A cultura organizacional desempenha um papel crucial na implementação da administração compartilhada. Uma cultura que valoriza a participação, a transparência, a confiança e o respeito mútuo facilita a adoção da administração compartilhada. Por outro lado, uma cultura hierárquica e autoritária pode dificultar a implementação da administração compartilhada, pois os colaboradores podem resistir à mudança e os gestores podem ter dificuldade em delegar o poder.
Alguns dos desafios mais comuns na implementação da administração compartilhada incluem a resistência à mudança por parte dos gestores e dos colaboradores, a falta de habilidades de comunicação e colaboração, a dificuldade em definir papéis e responsabilidades claros, e a necessidade de investir em treinamento e desenvolvimento.
Embora ambas promovam a participação, a administração compartilhada geralmente envolve uma estrutura organizacional formal com papéis e responsabilidades definidos, enquanto a autogestão pressupõe uma ausência de hierarquia e uma autonomia ainda maior dos membros.
Indicadores como o aumento do engajamento dos colaboradores (medido por pesquisas de clima organizacional), a melhoria da qualidade das decisões (avaliada pelo desempenho dos projetos e iniciativas), o aumento da satisfação dos clientes (medida por pesquisas de satisfação), e a redução da rotatividade (medida pela taxa de turnover) podem ser usados para medir o sucesso da administração compartilhada.
A tecnologia pode apoiar a administração compartilhada através de plataformas de comunicação e colaboração, sistemas de gestão do conhecimento, ferramentas de votação online e softwares de gestão de projetos que facilitam a participação e o acompanhamento das decisões.
A administração compartilhada pode apresentar limites em situações de crise que exigem decisões rápidas e centralizadas, ou em organizações com equipes muito grandes e dispersas, onde a participação de todos pode se tornar inviável. Nesses casos, é importante encontrar um equilíbrio entre a participação e a eficiência.
Em suma, qual é um dos principais objetivos da administração compartilhada é a busca por uma organização mais engajada, eficiente e transparente, onde os colaboradores se sintam valorizados e incentivados a contribuir com o seu melhor. Sua aplicação exige uma mudança cultural e um investimento em capacitação, mas os benefícios em termos de inovação, qualidade e satisfação no trabalho podem ser significativos. Estudos futuros poderiam explorar as adaptações necessárias para implementar a administração compartilhada em diferentes contextos organizacionais e culturais, bem como a avaliação do impacto da tecnologia na facilitação da gestão participativa.